A Associação Egípcia de Profissionais Fiscais confirmou que para que o Egipto se torne um centro regional para a indústria automóvel do Médio Oriente e seus componentes, a indústria do vidro automóvel do país deve reconsiderar os seus impostos e conceder incentivos fiscais às empresas que produzem produtos que contenham mais de 35% de componentes locais.
Isto ocorre num momento em que a indústria do vidro automóvel do Egipto está a fazer grandes progressos, mas enfrenta uma concorrência desleal devido a uma enxurrada de importações chinesas, de acordo com um comunicado divulgado ontem pela associação.
Segundo o comunicado, a associação apelou à facilitação fiscal, além de abordar as distorções tarifárias e promover a aquisição de terras para indústrias auxiliares para combater o dumping da China.
As empresas nacionais e internacionais estão a preparar-se para investir até 10 mil milhões de libras até 2030 no âmbito do plano do governo para localizar a indústria automóvel, disse Ashraf Abdel Ghani, deputado, secretário-geral do Comité Económico do Senado e fundador da Associação de Profissionais Fiscais. A proporção de peças locais deve ser superior a 25%, e um pacote de incentivos é fornecido quando a produção excede 100.000 veículos movidos a combustível regular e 10.000 veículos elétricos com mais de 35% de peças nacionais.
Abdel Ghani acrescentou que estes milhares de milhões de dólares de investimento se concentrarão principalmente na indústria de rações, especialmente na indústria do vidro automóvel. A indústria fez progressos notáveis nos últimos quatro anos, introduzindo tecnologias avançadas para resistir a impactos e arranhões, reduzir o brilho e melhorar a visão noturna, de acordo com os padrões internacionais de segurança.
Ele explicou que a produção de vidro automóvel no Egipto está a aproximar-se das 50.000 unidades por mês, com 20-25.000 unidades a serem importadas, principalmente da China e da Ásia Oriental, cujo preço é 20% mais barato do que os produtos locais, causando perdas se as fábricas locais tentarem competir em preço, além de elevados custos de energia, impostos e benefícios de financiamento bancário.
O legislador Ashraf Abdel Ghany apelou ao governo para que tome medidas mais rigorosas para combater as inundações na China e a concorrência desleal enfrentada pela produção local.
Apelou à abordagem das distorções tarifárias entre as tarifas sobre produtos finais e matérias-primas, promovendo o acesso a terrenos industriais auxiliares e reduzindo os custos de energia.



