Doug Polk, jogador de pôquer e proprietário de uma casa de cartas, disse anteriormente à WIRED: “Sempre que você tem uma câmera que conhece as cartas, há sempre algum tipo de ameaça subjacente. O cliente estará essencialmente sob o controle da pessoa que configura a máquina.” “Quando você aparece em um jogo privado, eu diria que se houver uma confusão, você deveria correr para as colinas.”
Segundo os promotores, hackear o Deckmate 2 foi apenas uma das diversas técnicas de trapaça supostamente utilizadas pela máfia, embora seja a mais detalhada na acusação. Os documentos de cobrança também alegam que eles usaram cartas marcadas de forma invisível, bandejas eletrônicas de fichas de pôquer, telefones que podiam ler secretamente as marcações das cartas e até óculos e lentes de contato especialmente projetados.
Sal Piacente, consultor profissional de fraude e presidente da UniversalSal Game Protection, disse que os detalhes do esquema não foram especificados pelos promotores, mas são todos bem conhecidos no mundo da segurança de cassinos. Por exemplo, a borda de um cartão pode ter um código de barras oculto impresso de forma invisível, como em tinta infravermelha, e pode ser lido por um leitor escondido em uma bandeja de chips ou capa de celular colocada sobre uma mesa. Em outros casos, o verso do cartão é marcado de forma semelhante com tinta que só pode ser vista através de óculos especiais ou pontos de contato.
“Esse tipo de equipamento é mais utilizado do que você imagina”, diz Piacente. “Os jogos privados não têm regulamentos, nem comissões, nem regras. Tudo é possível.”



