Essa história faz parte da foto de outubro abundância O caso, desfrutando de indulgências, extremos e deliciosas impraticabilidades.
Quando eu era adolescente, decorei todo o meu quarto. Havia um abajur pendurado na parede ao lado da minha cama em meio a um céu de tons de batom e pincéis de maquiagem que cortei de Allure e Elle. Havia outra parede inteiramente coberta com fotos de amigos e familiares, que colei com fita adesiva azul e puxei a escada para cima quando cheguei ao teto. Acima da minha mesa, criei uma cidade imaginária a partir de recortes de revistas, com a metade direita do rosto de George Clooney formando um arranha-céu recortado. Na faculdade, pendurava cavalos-marinhos de papel no teto, escrevia poemas à mão e os colava embaixo da janela ao lado da minha cama. Nunca foi demais, ou melhor, nunca foi suficiente. Eu queria me colocar naquelas paredes e ver.
Desde então, procurei levar comigo esse espírito maximalista até a idade adulta e, por muito tempo, me senti como uma espécie de rebelde em um mundo cheio de neutros e linhas limpas. Mas a maré está mudando, pois alguns podem finalmente perceber que a elegância exige, na verdade, ter personalidade.
As histórias desta edição revelam indulgência e autoexpressão, desde aplicar vários looks de maquiagem em um dia e vestir-se com estilos aparentemente conflitantes, até comer com talheres inúteis, mas bonitos, e assar bolos gigantescos e multicoloridos. Essas histórias surgem de uma época de nossas vidas em que o trabalho prático não era o mais importante. Eles abraçam a abundância, o mais confortável dos luxos.
Esta edição é dedicada a Jess, cujos designs infundem em cada edição um espírito generoso e generoso.
Imagem do logotipo por Georgina Treviño Para os tempos
