Durante vários anos, a investigação sobre as redes sociais e a saúde mental dos jovens tentou responder a uma questão confusa: liderar o uso do bem-estar agravado ou gastar os jovens a lutar desproporcionalmente o seu tempo nas redes sociais?
Alguns estudos mostraram que ambos os cenários são verdadeiros, enquanto outras pesquisas mostram resultados mistos. Esta incerteza levou a um debate acirrado sobre como regular as plataformas de redes sociais e o uso da tecnologia na escola.
Os críticos das explicações abrangentes de que as redes sociais são prejudiciais dizem que não há provas suficientes para apoiar a afirmação e que os seus defensores conduzem um pânico moral em relação à tecnologia. Os defensores da redução do tempo de ecrã e da utilização das redes sociais afirmam que a investigação oferece explicações claras sobre como as redes sociais afectam negativamente o bem-estar dos jovens, nomeadamente através da redução do sono. Um novo “Declaração de consenso” de dezenas de especialistas avaliou uma série de tais reivindicações.
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Entretanto, muitos adolescentes dizem que estão online “quase constantemente” e 1 em cada 5 relata que as plataformas de mídia social “prejudicam” sua saúde mentalDe acordo com o Pew Research Center recentemente concluído.
Um novo e bem elaborado estudo publicado esta semana em Rede Jama aberta pode ajudar a esclarecer o que está acontecendo. Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em São Francisco, usaram dados de um grande estudo federal que acompanhou milhares de crianças por um período de vários anos. Entre as informações coletadas dos pais das crianças está quanto tempo elas passam nas unidades técnicas e nas redes sociais.
Os pesquisadores analisaram o que aconteceu quando 11.876 adolescentes e adolescentes usaram as redes sociais por três anos. Eles descobriram que os jovens que usaram mais mídias sociais do que a média individual relataram maiores sintomas depressivos durante os anos subsequentes. No entanto, a depressão não previu níveis mais elevados de uso futuro das redes sociais.
Relatório de tendências do Mashable
Mashable Bad, o principal autor do estudo, o pesquisador e pediatra da UCSF, Dr. Jason Nagata, explica os resultados e o que os pais devem pensar ao lidar com o tempo de tela e as mídias sociais em sua própria casa.
Mashable: Como esta pesquisa nos ajuda a compreender melhor a relação entre as mídias sociais e a saúde mental dos jovens?
Dr.Nagata: Tem havido um debate contínuo sobre se as redes sociais contribuem para a depressão ou simplesmente refletem sintomas depressivos subjacentes. Este estudo nacional está entre os primeiros a mostrar que o maior uso das redes sociais prediz depressão futura – mas não o contrário – o que indica direção nesta relação.
Mashable: Por que tem sido tão desafiador entender se as mídias sociais afetam negativamente a saúde mental dos jovens ou vice-versa?
Dr.Nagata: A maior parte da investigação sobre redes sociais e saúde mental é transversal e observacional, pelo que a causalidade não pode ser comprovada. Mais estudos longitudinais como este são necessários para determinar a direção dessas relações.
Nosso estudo também foi um dos primeiros a investigar os efeitos nas pessoas, o que significa que pudemos rastrear mudanças nas redes sociais e nos sintomas de saúde mental ao longo do tempo em cada indivíduo, em vez de grandes amostras como um todo.
Mashable: Há um grande debate sobre se a pesquisa sobre mídias sociais e saúde mental realmente motiva medidas como a proibição do telefone nas escolas. Como os pais podem usar os resultados da sua pesquisa para melhor informar sua própria estratégia de gerenciamento do uso das mídias sociais em casa?
Dr.Nagata: É importante que os pais incentivem hábitos de corte saudáveis e conscientes para prevenir efeitos negativos na saúde mental do adolescente. A Academia Americana de Pediatria recomenda que você desenvolva um Plano de mídia familiarque pode ser um conjunto individualizado de diretrizes que pareçam práticas para cada família. As famílias podem ter conversas regulares com os jovens sobre a violência e podem considerar manter a hora de dormir livre de telas para melhorar a qualidade do sono.
Nossa pesquisa anterior mostrou que Regras dos pais que limitam o uso de corte antes de dormir e próximo às refeições estão associados a menos tempo de tela e cortes problemáticos. Um dos maiores preditores da crueldade dos jovens é o cruzamento dos pais. É importante que os pais atuem como modelos para os filhos. Por exemplo, se os pais estabelecem uma regra familiar para não usar telas ou mensagens de texto nas refeições, eles também devem tentar seguir as regras.
Mashable: Você e seus coautores descobrem que os benefícios das mídias sociais podem estar ligados ao uso “especialmente orientado”. Como é?
Dr Nagata: A mídia social não é em si boa ou ruim – depende realmente de como é usada. As redes sociais podem promover a conexão, a comunicação e a educação, o que pode beneficiar a saúde. No entanto, a exposição a conteúdos de ódio e as constantes comparações com amigos nas redes sociais podem agravar a saúde mental. Embora as redes sociais possam fornecer conteúdo educacional, também podem fornecer informações sobre saúde.
A fim de otimizar os benefícios e ao mesmo tempo minimizar os riscos para a saúde, incentivamos os adolescentes a serem conscientes e intencionais no que diz respeito ao uso das redes sociais. Utilizo as redes sociais para me conectar de forma significativa, aprender ou expressar criatividade? Ou eu saio do tédio? Reserve um tempo para refletir sobre como a mídia social faz você se sentir. Se você achar que as redes sociais causam mais estresse ou ansiedade do que diversão, talvez seja hora de considerar atividades alternativas que façam você se sentir melhor.