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O novo míssil nuclear de Vladimir Putin “Flying Chernobyl”

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Este fim de semana, Vladimir Putin revelou a nova “jóia” dos militares russos: o míssil nuclear Bourevestnik de longo alcance. Aqui está o que sabemos sobre esta arma apelidada de “Chernobyl Voadora”.

Durante o seu teste final em 21 de outubro, o novo míssil teria percorrido mais de 14.000 km em 15 horas de voo, disse no domingo o chefe do Estado-Maior do exército russo, general Valeri Guerassimov.

Segundo os militares, o míssil de 12 metros de comprimento teria realizado todas as manobras horizontais e verticais planejadas, provando sua capacidade de contornar as defesas aéreas e antimísseis ocidentais.

“As características técnicas do Bourevestnik permitem que ele seja utilizado com precisão garantida contra áreas altamente protegidas a qualquer distância”, afirmou.

Uma arma única tranquiliza Putin

“Esta é uma criação única que ninguém mais no mundo tem”, disse Vladimir Putin na segunda-feira.

Ele disse que o míssil tinha “alcance ilimitado” que poderia permitir atingir um alvo em qualquer lugar do mundo.

Mantendo-se fiel à retórica nuclear que tem utilizado desde o início da guerra na Ucrânia, o Presidente russo ordenou “a preparação da infraestrutura para a introdução desta arma ao serviço das forças armadas”.

O anúncio surge num momento em que as negociações para encontrar uma solução para a guerra na Ucrânia estão estagnadas. Note-se que a reunião da semana passada entre Vladimir Putin e Donald Trump foi cancelada.

Na segunda-feira, o presidente russo também anunciou a assinatura de uma lei que põe fim a um tratado da Guerra Fria que visa impedir a Rússia e os Estados Unidos de produzirem mais armas nucleares.

Segundo os ocidentais, é perigoso e difícil de controlar.

Especialistas militares ocidentais questionaram as capacidades de Bourevestnik desde que Vladimir Putin falou sobre isso pela primeira vez em 2018.

O Instituto Internacional de Estudos Estratégicos afirmou num relatório publicado em 2021 que o sistema de propulsão nuclear do míssil era complexo e exigia arrefecimento constante, o que significa que o míssil não poderia voar indefinidamente. A lentidão do míssil, que não consegue atingir a velocidade do som, irá torná-lo vulnerável aos sistemas de detecção ocidentais.

Especialistas alertaram que o ar liberado pelo sistema de propulsão do míssil poderia ser radioativo, o que poderia levar a graves consequências ambientais.

Os analistas também observaram que um motor movido a energia nuclear poderia ser extremamente pouco confiável e tornar o míssil difícil de controlar. Bourevestnik também falhou em muitos testes nos últimos anos.

Foi causado por um acidente nuclear?

Em 2019, pelo menos cinco especialistas nucleares russos e dois militares morreram em consequência de uma explosão e libertação de radiação durante uma experiência militar no Mar Branco.

O acidente causou um breve aumento da radioatividade nas cidades vizinhas.

Embora a Rússia nunca tenha identificado a arma responsável pelo desastre, os serviços de inteligência americanos anunciaram que se tratava de facto do Bourevestnik.

Em novembro do mesmo ano, Vladimir Putin apresentou condecorações militares às famílias dos desaparecidos, ao mesmo tempo que anunciava que as vítimas do acidente estavam a trabalhar numa arma “sem precedentes”.



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