Uma influenciadora brasileira fugitiva, de biquíni, foi presa após ser acusada de ser o chefão de uma operação interestadual de drogas e lavagem de dinheiro.
Melissa Said – que tem mais de 340 mil seguidores no Instagram – estava fugindo desde quarta-feira, quando cinco de suas propriedades foram invadidas pela Polícia Civil da Bahia, no nordeste do Brasil, segundo o meio de comunicação brasileiro Correio.
A estrela da mídia social de 23 anos era suspeita de ser líder de uma grande gangue criminosa envolvida na distribuição de cannabis e na lavagem de dinheiro. Ela é acusada de facilitar e incentivar ativamente o contrabando de substâncias ilegais na Bahia e em São Paulo.
Said foi capturado enquanto se escondia na casa de um amigo na Bahia, após intensa operação de vigilância e inteligência.
A polícia começou a investigar a influenciadora em 2024, depois de ela ter sido alegadamente apanhada com drogas num aeroporto, acusada de aconselhar os seus seguidores sobre como evitar a aplicação da lei durante os envios de drogas e de se promover distribuindo “kits” contendo charros nas ruas.
Os ataques de quarta-feira – parte da “Operação Erva Afetiva” (traduzida como “amante da erva”, e a mesma frase que ela usou em seu Biografia do Instagram) – levou à prisão de três supostos cúmplices, um dos quais foi acusado de tráfico de drogas depois que a polícia apreendeu 1,4 quilo de maconha “skank”, disse a polícia.
A polícia disse ter encontrado também 270 gramas de haxixe – uma forma concentrada de cannabis feita a partir da resina da planta de maconha – pequenas porções de maconha, balanças digitais, sacos plásticos, telefones celulares, cartões bancários e dois veículos que se acredita terem sido usados em atividades criminosas.
A polícia não divulgou a identidade da terceira pessoa que foi presa.
Said, conhecida por seu ativismo promovendo a legalização da cannabis, inicialmente evitou a captura durante as batidas e foi considerada fugitiva até sua prisão na quinta-feira.
“O objetivo desta operação é combater o tráfico de drogas, tendo como objetivo principal ser um influenciador digital que promova o crime”, disse o chefe do Departamento de Estado de Prevenção e Combate ao Tráfico de Drogas, Ernandes Junior.
“Descobriu-se que além de promover a criminalidade e o uso de drogas, ela também vende e distribui entorpecentes na Bahia, tendo alguns paulistas como um de seus fornecedores”.
A investigação sobre seu suposto envolvimento no tráfico de drogas está em andamento.
Se condenada, ela pode pegar até 25 anos de prisão.
A influenciadora será interrogada por seu advogado na noite de quinta-feira – após o qual será submetida a exame pericial e permanecerá internada até a audiência de custódia, informou o Correio.
Em seu último vídeo postado no Instagram em 2 de outubro, a estrela da mídia social, amante da maconha, discutiu a legalização da maconha enquanto parecia fumar o que parece ser um baseado.
Said era casado com o influenciador Tássio Bacelar, que morreu tragicamente em um acidente de bicicleta em outubro de 2023, segundo o veículo.



