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Documentário de Gaza narrado pelo filho de um alto funcionário do Hamas: a BBC quebrou as regras de transmissão

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O regulador britânico da mídia decidiu na sexta-feira que a BBC havia “violado as regras de transmissão” com uma reportagem de Gaza na qual o narrador principal – uma criança – era filho de um alto funcionário do Hamas.

O Ofcom decidiu que “não deixar claro que o pai do narrador ocupava um cargo na administração liderada pelo Hamas constituiu uma fonte significativa de engano”.

O regulador lançou a investigação após uma enxurrada de críticas após o lançamento deste documentário, intitulado “Gaza: Como sobreviver numa zona de guerra”, pelo grupo audiovisual público britânico no início do ano.

Na sua decisão publicada na sexta-feira, o Ofcom disse que a sua investigação concluiu que o documentário “violou as regras de transmissão que determinam que os programas de notícias não devem enganar o público”.

O regulador disse que a falha “pode ter corroído o alto nível de confiança do público na cobertura da BBC sobre a guerra em Gaza”.

A BBC2 terá de transmitir ao vivo os resultados desta investigação em data ainda a confirmar.

O lançamento deste documentário em fevereiro passado gerou um acalorado debate depois que foi revelado que o narrador, um menino palestino de 13 anos, era filho do ex-vice-ministro da Agricultura do Hamas.

Segundo o relatório elaborado pela AFP com base em dados oficiais, o movimento islâmico, classificado como organização terrorista no Reino Unido, é responsável pelo ataque mortal de 7 de outubro de 2023, que matou 1.221 pessoas do lado israelita.

Segundo os números do Ministério da Saúde do Hamas, 67 mil 967 pessoas, a maioria civis, perderam a vida no ataque levado a cabo pelo exército israelita em Gaza em retaliação. Os combates cessaram em 10 de outubro, depois que um acordo de cessar-fogo foi alcançado pelo presidente Trump.

Perante a polémica, a BBC retirou rapidamente o documentário da sua plataforma e, após uma investigação interna, o grupo pediu desculpas pelos “graves erros” cometidos na preparação do relatório por uma empresa independente, que ocultou que o narrador era filho de um oficial do Hamas.

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