O Departamento de Estado disse no sábado que tinha “informações credíveis” de que o movimento islâmico palestino Hamas estava preparando um ataque iminente contra civis em Gaza, o que seria uma “violação do cessar-fogo”.
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“Este ataque planeado contra civis palestinianos constituiria uma violação direta e grave do acordo de cessar-fogo e prejudicaria o progresso significativo feito nos esforços de mediação”, afirmou o Departamento de Estado num comunicado.
“Se o Hamas realizar este ataque, serão tomadas medidas para proteger o povo de Gaza e a integridade do cessar-fogo”, disse ele.
O comunicado de imprensa não inclui detalhes destas medidas, mas o Presidente Trump ameaçou o Hamas com retaliação após as execuções de civis esta semana.
“Se o Hamas continuar a matar pessoas em Gaza de formas não previstas no acordo, não teremos outra escolha senão matá-las”, escreveu o presidente americano na rede Truth Social na quinta-feira.
Ele não especificou quem seria o responsável por esta potencial operação.
O Hamas e Israel concordaram na semana passada com um acordo de paz faseado ao abrigo do qual Israel encerraria a sua ofensiva militar em Gaza em troca da libertação dos reféns ainda detidos pelo Hamas após o ataque de 7 de Outubro de 2023.
A primeira fase do acordo, que inclui a libertação dos reféns vivos e a devolução dos restos mortais dos reféns mortos, está a ser implementada.
Washington disse ter informado os fiadores do acordo de paz, incluindo os Estados Unidos, o Egito, o Qatar e a Turquia, da “violação iminente do cessar-fogo pelo Hamas”.
O movimento palestiniano procurou reforçar o seu controlo sobre a devastada Faixa de Gaza esta semana com uma campanha de represálias e execuções contra pessoas suspeitas de colaborar com Israel.
O Hamas divulgou um vídeo na terça-feira mostrando execuções em massa de supostos “colaboradores” nas ruas de Gaza.