A energia foi restaurada para mais de 800 mil habitantes em Kiev no sábado, um dia depois de grandes ataques da Rússia à rede elétrica ucraniana terem causado apagões em grandes partes do país.
A maior empresa privada de energia da Ucrânia, DTEK, disse no sábado que “o principal trabalho para restaurar o fornecimento de energia” foi concluído, mas que algumas interrupções localizadas ainda afetaram a capital ucraniana após os “massivos” ataques russos de sexta-feira.
Drones russos e ataques com mísseis feriram pelo menos 20 pessoas em Kiev, danificaram edifícios residenciais e causaram apagões em toda a Ucrânia na manhã de sexta-feira.
A primeira-ministra Yulia Syddenko descreveu o ataque como “um dos maiores ataques concentrados” contra a infra-estrutura energética da Ucrânia.
O Ministério da Defesa da Rússia disse na sexta-feira que os ataques tinham como alvo usinas de energia que entregavam militares da Ucrânia. Não deu detalhes sobre essas instalações, mas disse que as forças russas usaram mísseis hipersônicos Kinzhal e atacaram contra eles.
O sector energético tem tido um impacto importante desde que a Rússia iniciou a sua invasão total, há mais de três anos.
Todos os anos, a Rússia tem tentado abraçar a rede de energia ucraniana antes do inverno rigoroso e, aparentemente, espera minar a moral geral. As temperaturas no inverno vão do final de outubro a março, sendo janeiro e fevereiro os meses mais frios.
A Força Aérea da Ucrânia disse no sábado que sua defesa aérea interceptou ou prendeu 54 dos 78 drones russos lançados contra a Ucrânia durante a noite, enquanto o Ministério da Defesa da Rússia disse ter abatido 42 drones ucranianos sobre o território russo.
A última rodada de ataques ocorreu depois que os líderes do Reino Unido, França e Alemanha disseram na sexta-feira que haviam concordado, por telefone, em usar o valor dos ativos russos congelados para apoiar as forças armadas da Ucrânia.
Num comunicado publicado pelo governo alemão, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o presidente francês, Emmanuel Macron, disseram ao chanceler alemão, Friedrich Merz, que agiriam “em estreita cooperação com os Estados Unidos”.
Os líderes disseram que a ação conjunta “aumentaria a pressão” sobre o presidente russo, Vladimir Putin, e “traria a Rússia à mesa de negociações”.
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