O ex-dirigente, que tomará posse hoje como legislador, mirou em “Chiqui” Tapia, prometendo que o Congresso investigará as muitas irregularidades no órgão dirigente do futebol argentino.
O governo decidiu envolver-se plenamente na polêmica que envolveu o futebol argentino nas últimas semanas. Horas depois de assumir o cargo de senadora, Patricia Bulrich – uma das mais importantes autoridades do governo – anunciou que investigaria a Federação Argentina de Futebol a partir de sua nova função no Congresso. A dirigente disse que vai focar na transparência.
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“Há tantas irregularidades aqui que vou me concentrar no Senado para estudar a transparência da associação”, disse Bullrich em conversa com Eduardo Feynman na Rádio Mitre. Ele disse que havia falhas graves na liderança do ex-ministro.
Durante a reportagem, o ministro cessante garantiu que houve muita manipulação na AFA e que os clubes foram feitos reféns e visaram Claudio “Chiqui” Tapia. Bulrich descreveu a situação como alarmante.
Questionado sobre uma possível intervenção nacional da AFA, o senador eleito disse: “Não posso afirmar isso, não conversamos sobre isso, estou estudando do ponto de vista jurídico”. Ele evitou confirmar a intervenção, mas não descartou uma análise jurídica.
“O país está caminhando para a ordem e não para a discrição. E desta forma, o AFA “É um retrocesso completo com discrição”, disse ele. Ele também questionou quem está ao redor do presidente da empresa: “Ele está cercado de figuras ao redor de Tapia, com uma fortuna de milhões de dólares”. Bulrich relacionou esta atmosfera com métodos de ofuscação.
Bullrich Ele também criticou o sistema de votação interno da organização. “Como será a democracia interna? Como será o sistema eleitoral? Por que eleições indiretas?” ele perguntou. Quando o jornalista lembrou que neste momento apenas setenta clubes tinham votado, o dirigente disse: “Mas lembre-se, quando a AFA quase mudou, apareceu outra votação. Trinta e oito, trinta e oito”. O senador eleito questionou a legitimidade dos processos internos.
Além disso, Bullrich questionou o poder sancionador da organização de futebol. “Qual é o poder de punir um infrator da lei? Como alguém pode punir um infrator da lei?” ele perguntou. Naquela época ele mencionou o caso Alunos de La Plata: “Por virar as costas, deram-lhe uma pena como assassinar alguém. Inacreditável.” Ele descreveu a medida como desproporcional.
Durante a conversa, Bulrich reforçou a ideia de que existem vínculos de dependência entre a AFA e os clubes. “Ele manteve os clubes como reféns”, disse ele. Depois expandiu: “Existem relações de dependência, não relações de liberdade. Onde estão ligadas aos clubes?” Assegurou que o regime actual limitaria a autonomia institucional.
O futuro senador apontou diretamente Cláudio “Chiqui” Tapia. “Todo mundo sabe que existem crianças e treinadores, clubes bem pagos, bons estádios”, disse ele. E acrescentou: “Se fizer consulta popular, Tapia não vai durar um dia na AFA”. Ele disse que existe uma rede de fandom.
Bulrich compara o gerenciamento de entidades a uma lógica Dandaga. “Se você quiser ser uma sociedade anônima, eles vão te cortar. Caso contrário, você aceita que há um título inesperado e imerecido. AFA dá títulos, então é como a inflação: quando se emite, os títulos perdem valor.” Ele também destacou que essa situação prejudica a formação dos jovens: “Perderemos o Sub-17 porque a Argentina tem as escolas que tem hoje, se realmente houver mais investimento.” Ele afirmou que este cenário afetará diretamente o desenvolvimento esportivo do país.



